ALIENAÇÃO PARENTAL - Aspectos Psicológicos
por Dra. Carolina Canal Caetano Drummond
“... programação da criança no sentido do desenvolvimento
de comportamentos de rejeição e mecanismos para afastar
aquele que não detém a sua guarda.”
Garner (1980)
“Considera-se ato de alienação parental a interferência na
formação psicológica da criança ou do adolescente
promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou
pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua
autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou
que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de
vínculos com este.”
Artigo 2º da Lei 12.318 de 2010.
Conjugalidade
•Conjugalidade: Ligada às questões
da relação entre os cônjuges;
•Não resulta do casamento, mas da
modificação dos indivíduos na
convivência do casal;
•Para homens o casamento significa a
constituição de uma família, enquanto
para mulheres está mais relacionado
à realização de uma relação amorosa;
•O processo de desconstrução da
conjugalidade se dá a medida em que
a reconstrução da individualidade
acontece após a separação do casal;
•O vínculo entre os ex-companheiros
não se extingue e não é anulado, mas
transforma-se e assume outros
significados;
•Divórcio legal nem sempre acontece
simultaneamente ao divórcio
emocional;
•Quando há filhos o rompimento não é
completo em razão da parentalidade;
•Necessidade de contato entre excônjuges.
“... em muitos casos, embora tenha havido a separação de fato
do casal, não foi efetuada a separação emocional. O ex-casal
continua vivenciando sentimentos de raiva, traição, desilusão
com o casamento, e uma vontade consciente, ou não, de se
vingar do outro pelo sofrimento causado. Os filhos, por vezes,
são envolvidos no conflito como uma forma de atingir o excompanheiro,
o que acaba contribuindo para a manutenção do
litigio.”
Ribeiro (2000)
Parentalidade
•Até 1950 – Maior número de filhos (5/6),
matrimônios “resistentes”, mães dedicadas
exclusivamente ao lar, pais garantiam o
sustento familiar, domínio familiar masculino,
afastamento do pai em relação aos filhos.
•Atualmente – Menor número de filhos (1/2),
maior frequência de separações, mães e
pais trabalhando, paridade de poder.
•Aumento da proximidade nas relações
familiares;
•Aumento de espaços individuais no lar;
•Prevalência de filhos únicos;
•Falta de controle em relação aos filhos e
cuidados em relação aos necessitados;
•A segurança do amor dos pais é
certamente o melhor recurso para que as
crianças possam lidar com o fim do
casamento e o recasamento dos pais;
•Com a separação dos pais, a mãe passa a
ser a única figura parental no lar, tornando
mais forte a dependência emocional dos
filhos;
•Dificuldade em estabelecer modelos
familiares (saudável/não saudável);
•Modelos individualistas de avaliação do
mundo;
•Não atenção às necessidades dos filhos no
processo de separação.
Atuação frente ao rompimento
matrimonial
• Abordagem Sistêmico-relacional;
• Trabalho direcionado às
peculiaridades do sistema familiar
em questão na perspectiva
trigeracional;
• Desconstrução da conjugalidade
como uma passagem e não um
rompimento;
• “Cisma Geracional” – destruição
de vínculos (divisão dos
filhos/exclusão de um dos pais)
• O envolvimento dos filhos no
processo de alienação não
decorre de características
individuais de um ou outro cônjuge
mas da trama familiar que foi
construída;
• Ponto de vista das relações e
contexto;
• Frente à necessidade da
reconstrução da própria vida, os
pais podem cegar-se para as
necessidades dos filhos;
No trabalho terapêutico com famílias em situação de
separação envolve a abordagem de questões relacionadas
às diferenças entre conjugalidade e parentalidade, bem
como o trabalho no sentido da transformação das relações
para que ambos os pais possam colaborar na preservação
e manutenção do vínculo parental.
Objetivo: Promover uma parentalidade
mais saudável.
Estilos Parentais
[...] conjunto de atitudes que os pais usam na
interação com seus filhos e é responsável
pelo desenvolvimento de um ‘clima
emocional’ na relação familiar, refletindo o
modo como são dirigidos os esforços para
socialização no dia a dia.
Pais Filhos
Práticas Parentais
Comportamentos específicos dos pais em relação aos
filhos, ligadas às práticas do dia a dia familiar dirigidos
à modelagem das interações e identificações nas
relações humanas e familiares, podendo dirigir o
desenvolvimento infantil no sentido da formação de
bases de comportamento pró-social ou anti-social,
contribuindo significativamente para a saúde
emocional do indivíduo.
Avaliação psicológica em relação à
Alienação Parental
• Avaliação do contexto e dos recursos familiares;
• Possível uso de instrumentos de avaliação psicológica (testes/inventários);
• Qual o impacto do estilo parental em relação ao desenvolvimento emocional
dos filhos?
• Como é vivida a separação frente ao contexto familiar em questão
(especificidades);
• Carências e recursos específicos;
• Falar sobre o fenômeno e apresentar perspectivas de atuação;
• Presença dos sintomas configurados de uma maneira específica
(SÍNDROME);
Síndrome de Alienação Parental (SAP)
• Exclusão de um dos genitores da vida dos filhos (não comunicação de
fatores importantes da vida dos filhos, interferência nas visitas,
manifestação de desagrado quando os filhos relatam bem estar na
presença do genitor alienado);
• Interferência no contato entre filhos e genitor alienado (restrição ao contato,
dificultar o acesso aos filhos, restrição do contato às ocasiões estipuladas
anteriormente);
• Ataque à relação da criança com o genitor alienado (Recordar experiências
desagradáveis repetidamente em relação ao genitor alienado, invalidação
de experiências positivas vividas com o genitor alienado, descuido com
presentes e objetos trazidos da casa do alienado);
• Denigre a imagem do genitor alienado;
A criança alienada
• Comportamento de raiva e ódio em relação ao genitor
alienado;
• Recusa o contato com o alienado;
• Autoflagelo ou automutilação;
• Aliança com o alienante;
• Mais propensas a depressão, ansiedade, pânico, uso
de drogas, suicídio, baixa auto-estima;
• Dificuldade em manter relações estáveis quando adulto;
• Estima-se que 80% das crianças com pais separados já
vivenciaram algum tipo de alienação;
Instrumentos de avaliação psicológica
• Entrevista familiar estruturada (EFE);
• Questionário de percepção dos pais;
• Inventário de satisfação do adolescente em relação à sua família;
• HTP;
• Inventário de estilos parentais;
• Inventário de práticas parentais;
• Familiograma;
• Observação em contexto clínico e familiar;
• Entrevista com professores, acompanhantes e familiares.
Pais Filhos
Práticas Parentais
Comportamentos específicos dos pais em relação aos
filhos, ligadas às práticas do dia a dia familiar dirigidos
à modelagem das interações e identificações nas
relações humanas e familiares, podendo dirigir o
desenvolvimento infantil no sentido da formação de
bases de comportamento pró-social ou anti-social,
contribuindo significativamente para a saúde
emocional do indivíduo.
Avaliação psicológica em relação à
Alienação Parental
• Avaliação do contexto e dos recursos familiares;
• Possível uso de instrumentos de avaliação psicológica (testes/inventários);
• Qual o impacto do estilo parental em relação ao desenvolvimento emocional
dos filhos?
• Como é vivida a separação frente ao contexto familiar em questão
(especificidades);
• Carências e recursos específicos;
• Falar sobre o fenômeno e apresentar perspectivas de atuação;
• Presença dos sintomas configurados de uma maneira específica
(SÍNDROME);
Síndrome de Alienação Parental (SAP)
• Exclusão de um dos genitores da vida dos filhos (não comunicação de
fatores importantes da vida dos filhos, interferência nas visitas,
manifestação de desagrado quando os filhos relatam bem estar na
presença do genitor alienado);
• Interferência no contato entre filhos e genitor alienado (restrição ao contato,
dificultar o acesso aos filhos, restrição do contato às ocasiões estipuladas
anteriormente);
• Ataque à relação da criança com o genitor alienado (Recordar experiências
desagradáveis repetidamente em relação ao genitor alienado, invalidação
de experiências positivas vividas com o genitor alienado, descuido com
presentes e objetos trazidos da casa do alienado);
• Denigre a imagem do genitor alienado;
A criança alienada
• Comportamento de raiva e ódio em relação ao genitor
alienado;
• Recusa o contato com o alienado;
• Autoflagelo ou automutilação;
• Aliança com o alienante;
• Mais propensas a depressão, ansiedade, pânico, uso
de drogas, suicídio, baixa auto-estima;
• Dificuldade em manter relações estáveis quando adulto;
• Estima-se que 80% das crianças com pais separados já
vivenciaram algum tipo de alienação;
Instrumentos de avaliação psicológica
• Entrevista familiar estruturada (EFE);
• Questionário de percepção dos pais;
• Inventário de satisfação do adolescente em relação à sua família;
• HTP;
• Inventário de estilos parentais;
• Inventário de práticas parentais;
• Familiograma;
• Observação em contexto clínico e familiar;
• Entrevista com professores, acompanhantes e familiares.